Não sou feliz, mas tenho marido

Queridas amigas. Hoje, sendo o dia internacional da mulher (não que eu ache que mulher deva ter um dia internacional, mas enfim) resolvi falar sobre uma coisa que atormenta a vida de mulheres que como eu, chegaram ou passaram dos 30: casamento.
O titulo dessa postagem eu roubei de uma peça de teatro, um monólogo em que a Zezé Polessa interpretava Viviana, uma mulher casada há 27 anos e que finalmente conseguia lançar seu livro "Não sou feliz, mas tenho marido" e que durante uma entrevista coletiva, ela vai falando sobre seu casamento, em que permanentemente está em cheque o delicado equilíbrio entre a comunhão com o outro e a preservação da individualidade. Pode não parecer, mas a peça é uma comédia.
Nossas mãe e avós queimaram sutiãs em busca de liberdade e igualdade, mas no fundo mesmo, todas nós acabamos sendo criadas para casarmos, termos filhos, sermos esposas e mães dedicadas, donas de casa exemplares, e ainda por cima ter que trabalhar fora. É isso que a sociedade espera de nós. Se uma mulher passa dos 40 e opta por não casar e não ter filhos, é taxada como uma coitada. Mas foi a opção dela, e olha que na minha família eu tenho vários exemplos. Tenho uma prima que diz que não suportaria ter um homem 24 horas com ela, jogando toalha molhada na cama, e que prefere ser solteira, e fazer o que quiser a hora que quiser. Mas ela não deixa de ter seus namorados e não esta morta.
Não me deixo abater por isso. Quando tinha 18 anos, achava que ia casar com 20, quando fiz 20, achei que ia casar com 25. Depois, eu parei de pensar nisso e prefiro contar assim: Com 31 quero ter visitado Paris e Londres.
Acho que hoje, mais importante que ter um marido, é ter uma carreira bem sucedida, um emprego que você ame e que te pague bem, ter amigos que você possa contar sempre, e se sentir feliz consigo mesmo. Quem sabe depois disso até aparece um cara que sirva para ser seu par?
Sou feliz e não tenho marido... E as arveres somos nozes.

Bom fim de semana