Mulher solteira não procura

Uma discussão filosófica (hein?) sobre mulheres que são solteiras no papel, e não prentendem mudar tão cedo. Antes que alguém pergunte, a gente namora sim, mas não estamos casadas, exceto a Playmobil que já migrou pro lado de lá!!!!

22 maio 2007

Continuando...

Vai aqui um segundo texto daquela leva que eu falei.

Beijos e espero que voces gostem.

Desapegue-se e simplesmente ame!::
Rosana Braga ::

É verdade que todos nós temos certo grau de neurose, insegurança e até fases em que a auto-estima fica comprometida. Por isso mesmo, tantas vezes as relações amorosas se tornam pesadas, tensas e até doentes.Cada um se defende como sabe, seja agredindo e culpando o outro, seja ignorando a situação ou procurando medidas paliativas. Algumas pessoas se defendem “para dentro”, calando-se, chorando, sentindo-se reféns de uma situação com a qual não sabem lidar. Outras explodem, falam tudo o que devem e o que não devem e mais tumultuam do que propõem uma solução. Raramente, conseguimos ponderar os fatos, considerar os erros de forma justa e equilibrada e rever atitudes, sugerindo um novo jeito de sentir os sentimentos.Parece redundante esta expressão – jeito de sentir os sentimentos – mas é a maneira como sentimos cada um dos sentimentos que nos invadem que determina nossas escolhas e faz com que nos comportemos de modo maduro ou infantil, amoroso ou egoísta.Porém, o caos se instala especialmente no momento em que nos sentimos “donos” do outro, donos da relação, donos da instituição formada em nome de um amor que ninguém mais sabe onde mora, porque cedeu lugar ao apego.Apego é um veneno e, infelizmente, a maioria de nós já está absurdamente envenenada por este sentimento. Apegamo-nos tão facilmente às pessoas, às coisas, aos lugares, às situações, à rotina, à indisciplina... Confundimos tão facilmente apego com amor. Acreditamos tão facilmente que o outro pode ser um analgésico para nossas dores, um preenchimento para o nosso vazio ou ainda, paradoxalmente, a causa de todo o nosso sofrimento... e assim, desperdiçamos nossos dias investindo em relações doentes, em sentimentos que amarram, que submetem, que pedem muito mais do que oferecem, que subtraem muito mais do que presenteiam.Perdidos em contra-sensos particulares, acreditamos que o outro é nosso e, tantas vezes, que também nós somos do outro. Como se fôssemos passíveis de posse. Não somos – nem nós e nem o outro, sobretudo porque existimos genuinamente no singular; jamais no plural, por mais que eu acredite fundamentalmente na evolução através de dois corações compartilhados. Portanto, num deslize de percepção, caímos numa armadilha tecida por nós mesmos e nos afogamos numa tempestade que é pessoal, que é interna, da qual só podemos nos salvar se, enfim, resgatarmos a consciência de que estamos – e só permanecemos – onde queremos, onde certamente ganhamos algo, ainda que este ganho seja, antes, profundas e graves perdas!Felizmente, não existem perdas irreparáveis, até porque em cada perda existe sempre a oferta de um impagável aprendizado. O irreparável incide somente sobre a estagnação, a insistência diante da dor, a recusa em transformar-se, em superar-se.