Mulher solteira não procura

Uma discussão filosófica (hein?) sobre mulheres que são solteiras no papel, e não prentendem mudar tão cedo. Antes que alguém pergunte, a gente namora sim, mas não estamos casadas, exceto a Playmobil que já migrou pro lado de lá!!!!

17 outubro 2006

Feijão com arroz todos os dias....

Normalmente quando me deixam falando sozinha eu digo que é bom porque tenho a oportunidade de fazer o meu monólogo. Bem, eu poderia simplesmente escrever o “Navio Negreiro” neste blog, considerando que ninguém mais escreve nele. Isso tem o seu lado bom, qual seja, posso escrever qualquer besteira e minhas correligionárias não podem reclamar.

Vamos às bobagens:

Nunca fui feminista e sempre achei esse papo um saco – igualitária sim, feminista nunca – esse papo de queimar soutien nunca fez a minha cabeça...comprar soutiens caríssimos sim!!

Estou falando isso porque não costumo defender as mulheres na qualidade de pobres seres desprotegidos e desinformados, mas recentemente fiquei um pouco surpresa com a limitação intelectual que algumas de nós, a esta altura do campeonato, podem ter. Vou me corrigir: não é limitação intelectual, é deixar que a emoção suplante a razão até o nível do ridículo. Serei mais clara: como eu disse no post anterior, você pode conviver com uma pessoa a vida toda sem ter a menor idéia do que ela é realmente capaz de fazer, existe até quem se surpreenda consigo! Adoro isso no ser humano, já disse.
A maravilha de ser um animal racional é que temos a faculdade de repensar a todo o momento o que é melhor para nós. Mudar de opinião não é sinal de fraqueza, muito ao contrário, na maioria das vezes é sinal de sabedoria, fraco é quem possui opinião estanque e é incapaz de acostumar-se com a iniciativa de outrem. Tudo bem que existem situações e situações para tudo, mas vejam, acredito piamente (e quanto mais envelheço, mais acredito) que se o nosso objetivo nesta vida não for ser feliz e fazer o próximo feliz, é melhor simplesmente não viver porque certamente sua existência está sendo desperdiçada.
Bem, eu estava tentando ser clara e na verdade acabei confundindo tudo mais ainda, mas é que final de semana próximo passado fui bombardeada por mulheres frívolas e incomodadas com a minha presença em certa situação. Não fiquei chateada por estar sendo excluída de um grupo que realmente não me apraz, mas refleti se aquelas moças costumam agir de maneira tão leviana, e atrevo-me a dizer até boba, em outras esferas da vida. Vejam, saí da situação morrendo de rir e imagino quantas outras pessoas devem rir da cara daquelas moças. Na hora tive uma reação de vingancinha pessoal, dada àquela bobagem toda e minha capacidade de “sair por cima”, mas depois, refletindo com meus travesseiros, fiquei chateada porque sei que é por causa de pequenas torpezas como essas que a mulher acaba sendo estigmatizada e, de jeito nenhum, quero algum dia ser equiparada àquelas moças cujos patéticos assuntos minhas ondas cerebrais tetas não eram capazes de desacelerar ao ponto de acompanhar. Triste como ainda existem algumas de nós assim, espero que nenhuma solteira que leia este blog esteja incluída neste limitado, porém enorme grupo.

Em meio aquele deserto de ignorância encontrei um oásis em forma de mulher, alguém que eu chamaria para participar desse nosso papinho virtual aqui com toda a propriedade, mas já é casada – não dá.

Mesmo sendo em número menor, as cabeças pensantes somos maiores. Sempre.

Boa semana.

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