I Survived...

Oi, estou de volta e agora sem Isadora – minha vesícula se foi e com ela um bocado de desculpas que eu tinha para faltar a compromissos que não me agradavam. A cirurgia foi tranqüila e a anestesia ma-ra-vi-lho-sa! Não faço a mínima idéia do nome do anestesista, mas gostaria de agradecer por momentos maravilhosos indo e voltando da anestesia e por ter me privado de ver qualquer coisa que aconteceu neste meio tempo. Foi a melhor anestesia da minha vida, estava tão animada que conversei durante os 40 minutos de recuperação com o instrumentador cirúrgico e só percebi que ele era surdo e mudo quando um enfermeiro falou alguma coisa com ele na oiguagem de sinais, ou seja, a anestesia foi massa.

Tenho várias estorinhas legais de médico e vou começar contando a da colonoscopia (que metade do povo já conhece). Eu poderia tentar dizer isso de várias formas, mas a mais direta é: minha irmã é a rainha do pólipo no cú e por isso me mandaram fazer exames também, e lá fui eu. Para quem não sabe a colonoscopia é um maravilhoso exame onde um médico pega um pinto de metal gigante, te coloca de quatro numa maca de forma que pareça que você está fazendo uma saudação ao sol em uma posição de Yoga e examina o seu ...cú...e adjacências. Enfim...

O exame é péssimo, lógico, mas nada comparado ao que acontece depois que o médico manda você vestir a roupa e voltar ao consultório para conversar com ele. Aí é uma merda – literalmente.
Primeiro: você está peidando.
Segundo: o médico sabe que você está peidando.
Terceiro: Você sabe que o médico sabe que você está peidando.
Quarto: com essa problemática toda você não faz idéia se ele disse que você está super saudável ou que tem um câncer em fase terminal.
Quinto: o pior de tudo – você tem que voltar lá com mais calma para saber o que ele disse enquanto você estava se preocupando com a flatulência universal.

Neste dia, especificamente, fui ao proctologista que fica em um hospital e a ala é toda de proctologia. Com vergonha de que as pessoas do elevador pudessem supor que eu estava eliminando gases naquele mesmo momento eu desci um andar de escada para a psiquiatria e peguei o elevador. Afinal, mil vezes pensar que eu sou doida do que pensar que eu estava peidando.

Como acredito em sabedoria popular resolvi esconder as mãos – vai que elas ficam amarelas e entregam a minha culpa!

Depois disso fui andando até meu carro rindo de mim e pensando que eu deveria ter dedicado mais tempo à saúde e permanecer na psiquiatria, porque simular esse tipo de coisa só pode ser coisa de doido.

Boa semana

PRATIQUE A GENTILEZA.