Mulher solteira não procura

Uma discussão filosófica (hein?) sobre mulheres que são solteiras no papel, e não prentendem mudar tão cedo. Antes que alguém pergunte, a gente namora sim, mas não estamos casadas, exceto a Playmobil que já migrou pro lado de lá!!!!

28 março 2008

Estoy aqui...



Muito bem, muito bem – ainda bem que alguém sabe fazer essas coisas aí do lado, porque depender de mim....

Bem, fui passear, fui para Buenos Aires num fucking vôo fretado da GOL e ainda tive a sorte de pegar a última poltrona, ou seja, aquela que não deita nem um nano. Ok, a viagem foi legal e marquei tanto a Argentina que quando saí de lá os agropecuaristas começaram um protesto de tantas saudades minhas e, de tanto o senhor meu esposo comer carne, se você for à Argentina hoje só poderá comer frango.

Antes que alguém pergunte...eu não trouxe nenhum caminhão de alfajores, não insistam.

Voltando a realidade: Esta semana aconteceu uma coisa muito legal e por isso vocês terão que ler um pouquinho mais e saberão algo da minha vida que pouca gente sabe e saberão o porquê de pouca gente saber.

Fiz um contrato para um grande empresário de nossa pequena cidade, na verdade ele é um empresário tão grande que até mudou-se daqui. Enquanto eu explicava cláusulas e condições para as partes ele me olhava, de certa forma, orgulhoso. Quando eu acabei a explicação e dei alguns outros esclarecimentos, de forma totalmente fora do contexto, ele mudou de assunto e disse que eu, meu pai e minha mãe tínhamos uma história muito bonita e que eu fui um dos bons investimentos que ele fez na vida. Fiquei emocionada.

A parte que pouca gente sabe e agora um monte vai saber é que nos meus primeiros dois anos de faculdade minha família atravessava uma crise financeira muito grande. Quem nos vê hoje pouco acredita, mas é verdade. Meu pai estava apertado, começou quando eu tinha 15 e estendeu-se até os 18 anos, minha mãe morava em nosso sítio e fazia queijo para vender e plantava cana e coco para vender aos donos de quiosques do balneário mais próximo. Eu fiz uma faculdade excelente e a excelência era diretamente proporcional ao preço que não tínhamos como pagar sem causar um prejuízo ainda maior em nossas finanças e, foi assim que o empresário de quem falei acima entrou em minha vida: ele mantém uma fundação de auxílio à educação e à cultura e foi através de uma bolsa dada pela sua fundação que eu cursei meus primeiros dois anos e faculdade – tendo que cumprir metas educacionais bem acima das impostas pela faculdade e uma assiduidade também bem maior, mas nada que fosse anormal e, quem precisa...faz. Quando nossa situação melhorou eu fui agradecer e renunciar à bolsa para que outra pessoa pudesse ser agraciada.

Ontem mesmo parei para pensar o porquê de quase ninguém saber disso – ou pouquíssimas pessoas saberem – e minha conclusão foi: a minha memória seletiva. Eu, felizmente, tenho boas lições de vida, mas ao invés de ficar contando história triste, prefiro tirar das histórias lições que me animam e me incentivam no sentido de imputar na minha cabeça não os momentos de dificuldade e sim a capacidade de transpô-los, esquecer a dor e guardar o ensinamento. É exatamente o fato de me imaginar como uma pessoa capaz de conseguir tudo o que eu quiser é que muitas vezes eu realmente consigo e, quando não consigo me fica claro que foi falta de vontade exclusivamente minha
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Simples assim.

Queria deixar claro que passamos dificuldade sim, mas só dificuldade – nenhuma necessidade, nenhuma restrição, talvez um apertinho a mais, o que não nos faz heróis nem exemplos de superação para o mundo. Nos faz sermos pessoas simplesmente adaptáveis e maleáveis o suficiente para não termos vergonha de pedir e nunca esquecer o sentimento de gratidão.

BOA SEMANA E PRATIQUE A GENTILEZA.

P.S.: 58 kg, mas não vou conseguir chegar ao 55kg até o meu aniversário...saco...mas já visto 38 e, por enquanto estou satisfeita, mas acho que Milão terá que esperar um pouco mais.

Saudades de todas vocês.

2 Comments:

  • At 9:28 AM, Blogger Lele Rizzo said…

    É por isso que eu gosto tanto de voce, mas, porra, não trouxe caminhão de alfajor?
    Parei...hihihihi
    beijos

     
  • At 5:29 PM, Anonymous Anônimo said…

    Magrela manequim 38: acho sim que de x em quando é bom contarmos alguns apertinhos que passamos, não para valorizá-los, mas para que o mundo não ache que a vida boa que levamos caiu do céu, mas que foi merecida/batalhada. Não foi simplesmente "sorte". Sorte é a conseqüência de bom planejamento, disciplina, vontade e perseverança. Bjs!

     

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