Mulher solteira não procura

Uma discussão filosófica (hein?) sobre mulheres que são solteiras no papel, e não prentendem mudar tão cedo. Antes que alguém pergunte, a gente namora sim, mas não estamos casadas, exceto a Playmobil que já migrou pro lado de lá!!!!

25 maio 2006

É uma surpresa atrás da outra...

Voltei antes do previsto para deixar apenas "algumas palavrinhas", caros leitores.
Devido aos supostos atentados até este momento não confirmados na Grande Vitória, a faculdade liberou geral e voltei feliz e contente pra casa . É a força do PCC Capixaba agindo exatamente no dia em que eu tinha uma prova de Direito Processual (e estava com o Código LOTADO de colas!). Boatos ou não, o fato é que alguém foi beneficiado.

*Observação: quero deixar registrado que não fui eu quem encaminhou os fax nos comércios, repartições e escolas (isso incluiu minha faculdade), alertando sobre uma possível série de atentados.

Voltando ao assunto: chego em casa, nada pra fazer, o "cachinho de uva" trabalhando até tarde como sempre... tudo muito normal, excetuando o fato de eu estar em casa às 7 e meia da noite. Dou de cara com minha mãe, popularmente conhecida como Chatíris, e ingenuamente parti para um suave bate papo sem saber que dalí sairia a decisão (DELA) de invadir meu pequeno espaço.
Após várias e várias conversas sobre amenidades e muitas delongas, ela preparou o bote: confessou que o vestido de noiva de Ternurinha já se encontrava em nosso ambiente domiciliar.
Mostra daqui, mostra dali, Chatíris chegou à conclusão que o tal vestido deveria ficar instalado num lugar tranquilo de difícil acesso.
Inocentemente, concordei de imediato, afinal, estava tão bem guardado e passado... com muita simpatia, ela "sugeriu" (na minha casa, isso é uma ordem partindo de quem veio) que o melhor lugar para deixar o vestido seria onde????????????????????
Em cima do MEU criado-mudo, ao lado da MINHA cama.
Sim, concordo com você que está tão indignado quanto eu que o tal vestido deveria ficar no quarto da Ternurinha, mas Chatíris argumentou longamente que isto não seria possível, já que o único ponto da casa em que meu cunhado não tem amplo acesso é o MEU quarto e o dela, e ele não teria como ver o vestido - aquele ritual básico de que o noivo não pode ver o vestido antes do casório.
É claro que no dela não ficaria... mas alguém teria que se fuder, mesmo que fosse eu.
Quando dei por mim, meu criado-mudo, que é grande e cheio de coisas já estava vazio e lustrado para deleitar o vestido de Ternurinha.
Neste momento você deve se perguntar por que o acesso do cunhado é tão intenso. Já respondo: tenho a ligeira sensação de que teremos mais um habitante em meu lar. Ao invés de despachar a Dinha para a casa nova dela, na doce e pacata Santa Leopolda, a Dinha anda mais onipresente do que nunca no ambiente que à princípio deveria ser só meu agora.
Lêdo engano...
A casa tá mais cheia e movimentada que antes. Espero que após o casamento, a paz possa reinar e serei feliz como "a princesinha da casa", com Lúcia, minha babá, feliz da vida e de braços abertos esperando o bebê da casa (EU) chegar para bagunçar tudo... rsrs
Já dei o ultimato: depois do casamento, Ternurinha e o Kit família dela devem sair e jogar a chave por baixo da porta, porque agora A CASA É SÓ MINHA!!!!!!
Beijos a todos e até semana que vem!!!!

*A não ser que aconteça alguma coisa de relevância até lá, senão terei que dar uma "passadinha" aqui novamente!

24 maio 2006

FESTAS, SHOWS E AFINS(chega de falar em casamento)

Chega de casamento, apresentarei minhas dissertação feita nos últimos rocks que frequentei na qualidade de solteira para instruir algumas menos observadoras. Lá vai:

Em eventos com um grande número de pessoas você se sente mais à vontade na qualidade de solteira, mas quando se chega perto dos trinta o fato de não ter levado nem uma cantadinha durante a noite pode causar chateação – não se entregue ao álcool! Bebida + solidão = vergonha pública.

Este negócio da cantada é algo muito engraçado e tenho que contar um fato real: uma vez fui eu, uma amiga que é inimiga número um do maldito Balzac e um amigo gay a um show do Rolling Stones na Praia de Copacabana, Cidade Maravilhosa. Bem, nenhuma de nós duas levamos nem uma cantada no meio de um milhão e duzentas mil pessoas e, estávamos exatamente rindo do fato quando um cara super gato se aproximou de nosso amigo gay e deu uma cantada daquelas mais escraxadas. Poxa, aí foi demais. Deprimiu. Como boas solteiras rimos e espalhamos isso para todo mundo, nosso amigo como já tem namorado não cedeu à cantada e voltamos as três solteiras para casa.

Nas boates o caso costuma ficar bem grave já que o ambiente de luz fraca e música muito alta inibe conversas longas e incita a pegação, sair de uma boate sem ninguém é um pouco mais deprimente, mas nada que abale profundamente a auto-suficiência de uma solteira convicta, agora, nem por isso você precisa ficar agarrada na sua amiga a noite toda, vá ao bar e ao banheiro sozinha, nestes caminhos os homens
disponíveis poderão ser avaliados na ida e, caso interessar possa, pegos na volta.

No caso de raves é totalmente diferente a não ser que você tenha opção sexual ampla e diversificada. Existem muito homens legais que gostam de música eletrônica, mas a maioria são gays, você pode estar dando mole para um cara que está te chamando de gansa pelas costas sem saber, e isso é mal. Mais uma vez a boa companhia são os amigos gays que identificam claramente em qual ambiente você pode investir, mas geralmente você deve ir a uma rave com o intuito exclusivo de se divertir ou sair bem magoada e achando que o mundo não tem mais espaço para você. Balela! O mundo é nosso, conquiste seu espaço.

Para as solteiras que gostam de homens mais velhos recomendo sempre bares de música ao vivo, mas esteja preparada para ouvir as mesmas cantadas que seu pai jogou na sua mãe, para quem não se importa com isso aproveite! É caro que existem uma grande variedade de bares de música ao vivo, por exemplo:

1 - se estiver tocando jazz, blues e afins você tem a chance de conhecer alguém com um bom nível intelectual e, a certas horas da noite pode ate se dar ao luxo de trocar idéias sobre livros ou filmes europeus, saiba que esse cara é separado e tem um filho com metade da sua idade, assim, fique preparada para esta notícia o suficiente para não fazer cara de espanto quando ouvi-la.

2 - em bares que tocam MPB, músicas regionais tipo voz e violão mesmo, muito cuidado! Os caras mais velhos que freqüentam este tipo de bar tendem a esconder mais problemas do que pode lhe possa parecer, normalmente você pode conversar com ele sobre música mesmo, filmes nacionais e alguns documentários mais populares e que não circularam só no universo alternativo, você deve informar-se mais sobre esse tipo, se pretende envolver-se mais do que somente uma noite, eles além de separados e com filhos podem também estar devendo horrores de pensão e ter uma ex-mulher disposta a falar coisas dele que até Deus duvida. Se o referido cidadão mostrar-se amigo dos caras que estão tocando, significa que ele é boêmio da noite e isso também pode lhe acarretar problemas futuros já que, sair para um barzinho uma noite ou duas na semana é legal, mas existem mais coisas para fazer e esse tipo fatalmente não saberá quais coisas são essas.

3 - Em bares que tocam rock nacional, internacional e música dos anos 80 também é legal para conhecer caras, o problema destes é que eles tentam demonstrar uma intelectualidade maior do que realmente possuem e a filosofia da vida deles restringe-se às letras de Renato Russo e Cazuza, se você sentir que ele está tentando introduzir esta linha de pensamento, fuja! Não há nada pior que um falso intelectual de plantão e, nesses mesmos bares terão caras sensíveis e saudosistas, talvez até alguns solteiros e, pasme, talvez até algum sem filhos. Vou me restringir a poucas espécies de barzinhos porque poderia passar o post inteiro falando somente de seus freqüentadores, mas tenho que falar :

4 - dos bares que tocam música dos anos 70 – os caras são normalmente mais animados e estão na noite para se divertir e dançar, eu adoro isso, se você também gostar fique atenta a alguns sinais, por exemplo: ele pode saber cantar Bee Gees mas nunca Gloria Gaynor! Se souber a letra de “I Will Survive” toda e ainda levantar o braço dizendo que é a música dele, dê as costas e procure um hetero. Uma vez eu estava em um bar desse e tinha um cara muito gatinho(imaginava eu) me dando mole, ele chegou no meu pescoço e diz: “Yssey Myake?” – O nome do meu perfume....olhei bem para a cara dele e depois de me certificar que não era Al Pacino em “Perfume de mulher”, concluí: gay!

Temos a qualidade de festa no interior, esta é bárbara! Quando as solteiras da cidade vão em festas do interior elas se sentem verdadeiras rainhas já que não conhecem ninguém a têm a liberdade de se aproximar de qualquer carinha que esteja dando mole na festa e poderá optar desde o filho do prefeito até um peão de fazenda com seus rústicos encantos.

Para as solteiras que residem no interior também é uma grande oportunidade já que solteiros da cidade também costumam ir nestas festinhas que, para as solteiras do interior é um adianto e a possibilidade de ver gente diferente e interessante. O problema da festa do interior é que consiste em aventura de uma noite só e, salvo raríssimas exceções você não conseguirá um relacionamento duradouro lá, afinal, quando acaba a festinha as solteiras do interior não têm outra opção se não os solteiros do interior e um relacionamento mais duradouro tende a dar errado.

Na qualidade de pagode incluirei também ensaios de escola de samba já que a natureza da pegação é a mesma. Pois bem, nesses lugares dá definitivamente todo o tipo de gente que existe sobre face da terra, desde operários, passando por playboys e até gringos, cabe à solteira selecionar que tipo ela prefere. Devido ao ritmo da música e a sumariedade das roupas usadas para freqüentar este tipo de local, a sedução fica em evidência sempre e um clima erótico paira no ar indiscriminadamente – só sai sozinha de um lugar destes quem quer ou quem, na possibilidade de estar muito cheio acabou por não achar nada que lhe interessasse.

Fica esperta garota - seu futuro pode depender destas palavras!!

P.S.: Post grande para me redimir com minhas amigas pela falha da semana passada.

Casamento. Será? Vide casamentos alheios.

Dando continuidade aos debates abertos no post anterior: casamento da minha irmã mais nova.

Bom, minha irmã mais nova não casou, mas teve filho e mora com o namorado. O que, tirando a papelada, é casamento. Enquanto a gente fica nesse pensamento dúbio de querer ser livre, mas querer ter marido e filhos (muito mais por convenções do que por vontade mesmo - um namorado legal já tava de bom tamanho), eu pensei e pensei, e cheguei à conclusão: Não, eu não invejo a vida da minha irmã. Não é uma vida ruim, veja bem, tem um marido legal, casa e um filhinho liiiiiindo. Mas ao mesmo tempo, hoje ela vive exclusivamente em função dessas cositas.
É tamanha a mudança de foco de vida que "casar e ter filhos" exigiu dela, e me conhecendo do jeito que me conheço, que eu só posso concluir: sou muito "self-involved"* pra dar conta disso por enquanto.

*tradução livre: amo meu mundinho particular. Mesmo.

O casamento da minha irmã mais nova

Pois é, caros leitores e principalmente, amigas leitoras... Cheguei!!!
Agora que faço parte do seleto grupo que vos fala, farei um breve prelúdio acerca do acontecimento que ronda minha semana: o casamento da minha irmã mais nova.
É isso mesmo que você leu: minha irmã, mais nova que eu quatro longos anos, está se casando esta semana. Na verdade, o casamento civil já aconteceu há semanas, o que deu a ela alguns poderes limitados, como dormir fora sem dar satisfações (o que para mim ainda é um problema, mesmo aos 28 anos).
Me traz felicidade ver minha irmã tão feliz e realizada. Estou achando tudo isso muito maneiro, já que vai rolar uma festa divertidíssima (pelo menos para mim), agora terei um “sobrinho” de 15 anos que é ultra-figura (e me apelidou “carinhosamente” de Tia Turbina), a empregada virou minha babá oficial, terei mais espaço para as minhas tralhas, presentes e mais presentes chegando (mesmo que não seja para mim, mas também não faço a menor questão de ganhar jogos de panela e escorredores de macarrão em inox – uh...) Enfim, to curtindo muito tudo isso.
* Já que o teor da conversa está no casamento, vale citar que dei à minha pobre irmã um presente de grego: um fogão. Ainda me pergunto o que a Ternurinha vai fazer com ele, já que a única coisa que sabe fazer é bolo (pasmem, ela sabe fazer algo, mesmo sujando a metade da casa!). Como o presente foi escolhido por ela mesma, não aceito devolução. Pronto, podemos prosseguir.
Quando pensei em escrever meu primeiro texto para este tão prestigiado Blog, decidi fazer dele um pequeno diário - na verdade, caros leitores, a intenção é que seja semanário, visto que infelizmente não disponho de tempo suficiente para escrevê-los todos os dias – o que é uma pena, afinal de contas seria uma diversão gratuita para muitos dar uma lida de vez em quando nos relatos de uma vida tão cheia de surpresas como a minha.
E já que o assunto aqui é “solteiras”, pensei em começar logo pra assustar a todos com o casamento da minha irmã. Com todas as alegrias e diversão geral em torno disso, fico imaginando a Ternurinha casada. À princípio, está uma festa: casa nova, cama de casal, um mundo novo, visto que ela está sendo apresentada a coisas que antes não conhecia, como panelas, liquidificador, lavadora de roupas, secador (e não é o de cabelos), vassoura, enfim, uma imensidão de coisas até então desconhecidas – e que certamente ela não sabe usar.
O que esta pobre criatura pensa em fazer com tudo isso??? Isso eu sinceramente não sei, mas... “ema, ema, ema... cada um com seu problema!”
Passada a festa, vem a dura realidade.
Como será a vida a dois? (no caso dela, a três, já que o marido em questão tem “kit” – para quem não conhece, esta é a expressão patenteada para se referir ao “kit família”, que é quando o cara tem filhos).
Imagino que não deva ser fácil. Se conviver com nossos pais e irmãos sob o mesmo teto, que são pessoas do mesmo sangue, não é fácil, imagine conviver com um “estranho”? Não quero causar espanto, mas temos que convir que marido não é parente.
Claro que também quero me casar, constituir minha família, ter a minha casa com as coisas do meu jeito, ter meus “catarrentos”... mas à medida que o tempo passa, vejo que as pessoas estão cada vez mais inaptas ao casamento. E acredito que o meu público alvo está cada vez mais restrito, visto que são poucos os homens que “aceitam” bem o fato de eu ser uma pessoa independente, com opiniões formadas, alegre, linda, maravilhosa, gostosa, emancipada... (tô de sacanagem... rs), mas é verdade!
Acho que se eu fosse burra, desempregada e alienada, a chance de eu já estar casada seria infinitamente maior! O fato é: eu assusto os homens!
Uma amiga me fala que eu sou muito “peguenta”, coisa que tenho tentado trabalhar mais em mim, mas o fato é que os homens querem “Amélias”, coisa que simplesmente não consigo ser na minha atual fase da vida. Mas isso é coisa que continuarei a discutir na semana que vem, depois do casamento da Ternurinha (voltarei cheia de detalhes!)
B-jinhos a todos!!!

19 maio 2006

Queria passar pro lado de lá

Demorei mas voltei. Hoje o post é um desabafo. Estou solteira mesmo, agora sem namorado (também). E confesso que é uma situação estranhíssima. Já tinha me acostumado a namorar. Nem lembrava mais como era ficar sozinha sexta a noite.
Mas o fato é que eu queria casar. Sim, queria passar pro lado negro da força. Ter casa e cachorro, crianças correndo. É a porra do relogio biológico fazendo tic tac. É a pressão da sociedade. São suas amigas que enchiam a cara com voce se tornando mulheres casadas, mães de crianças fofinhas. E confesso que já estava me preparando pra abrir mão do chopinho de sexta feira pra ficar com o maridão em casa assistinho " Minha nada mole vida" ou alguém especial no Discovery channel. Mas não rolou sintonia e ai, já era.
Obvio que nem tudo esta perdido, e enquanto há vida há esperança (nossa, que coisa mais clichê).
No fundo no fundo a gente reclama mas bem que quer ter um alguém pra esquentar o pesinho pro resto dos dias.
A procura continua, enquanto isso....

09 maio 2006

Desculpe, sou Solteira!

O post de hoje é digno de uma legítima solteira que agora sou – 100% solteira, não casada e sem namorado.
Na última sexta-feira saímos para comemorar o aniversário de uma amiga querida em um barzinho badalado da cidade, já comecei com o mau costume de sentar-me entre os casais, grupo do qual já não faço mais parte, quando me dei conta mudei de lado na mesa.
E fiquei observando os caras mesmo sabendo que por hora não procuro nenhum tipo de relacionamento, digamos que eu queria fazer uma avaliação de mercado...olhei, fui olhada, olhei, fui olhada, olhei....me enchi.
No sábado a noite cometi o maior pecado que uma solteira de 28 anos pode cometer: entrei num Chat – pronto, confessei. E que momento horrível, só conversava com caras estranhos, sem assunto, mulher não conversa com mulher, achei esquisito mesmo, daí soltei no Chat a seguinte pergunta: Existe aqui algum cara entra 30 e 35 anos, solteiro, sem filhos, com situação financeira estável, que não more com os pais, curso superior completo e sem namorada, ex-namorada recente ou ex-mulher recente?
Resposta: silêncio
Reposta de uma menina cujo nick era “Sou uma Diva”: “ - Se achar algum me fala que eu quero teclar com ele”.
Gente, não estou brincando, como eu saí de um relacionamento e praticamente emendei no outro eu não tinha a mínima noção de quão catastrófica era a situação.
Outro dia uma amiga me disse que os homens não querem mais relacionamentos casuais, flertes, encontros, que todos agora querem ter um relacionamento de verdade, namorar e coisa e tal, de onde concluí que o Armagedom está mais próximo do eu que previa – desde quando os valores se inverteram assim? Isso aconteceu ao meu redor e eu nem vi?
De toda sorte sou sempre a favor do “deixar rolar”, mas já começo a ver que diante dessa nova ordem mundial as coisas não são mais tão simples assim e estou deveras preocupada com isso.
Bom, por enquanto isso tudo não faz muita diferença na minha existência, mas será que é mesmo verdade? Será que tudo mudou assim? Por favor, não quero participar disso!
Eu penso que não existem pessoas totalmente incompatíveis uma com a outra, existe sim pessoas em momentos diferentes da vida, só que quando percebi que estou em um momento diferente do resto da humanidade comecei a ficar confusa, coisa que detesto!
Será que é da idade?
Serei eu uma ET conforme alguns já me tinham sugerido?
Será que eu deixei o bonde passar?
Acho que a queima de soutiens já tão citada neste blog, enfim, não serviu para absolutamente nada.
Socorro!


P.S.: este post é uma obra de ficção, qualquer semelhança com a realidade trata-se de pura e triste coincidência.

Dar ou não dar? Eis a questão

Demorei mas voltei. Estava desenvolvendo um assunto aqui na minha cabecinha e tentando dar conselhos pra uma amiga que se recusa a segui-los. Então, parei de dar. Falando em dar, é sobre isso que eu quero falar hoje.
Mesmo estando no século XXI, mesmo depois de muitas mulheres terem queimado sutiã para conseguir liberdade e igualdade, ainda fica uma coisa entranhada na gente de que só podemos dar pra namorado, porque senão nos tornamos uma piranha vagabunda de marca maior.
Nem preciso dizer o quanto eu discordo desse sentimento que 90% das mulheres tem.
Onde esta escrito que você não pode ter uma noite agradavel com aquele cara gostoso que você ficou na boate? E no dia seguinte não se importar nem um pouco se ele não ligar, não mandar mensagem no celular ou scrap no orkut? Isso não é regra e não é nenhum pecado.
Afinal, quanto mais experiência, melhor vai ser a escolha final, daquele cara com quem voce vai trepar pro resto da vida ( o marido). Voce sabe do que gosta e do que não gosta, e vai saber que casando com aquele sujeito, a satisfação é garantida por um bom tempo.
Imagina a situação de ficar o resto da vida com um cara achando que aquilo que é bom, quando voce não conheceu outras versões.
Por isso, não ha mal nenhum em dar de primeira, ou de segunda. Não ha mal nenhum em não querer ver o cara de novo se ele mandou mal, ou querer repetir a dose se ele mandou bem. Não há pecado em fazer sexo por prazer momentâneo, e não só por amor.
Por isso, amigas, libertem-se desse pensamento machista. Se voce estiver a fim, o cara for legal, vai lá e dá, sem medo. As vezes a gente se arrepende, mas logo logo passa. E se não tiver a fim, diz que ta com sono e pronto.
E sejamos todas felizes....sempre com camisinha na bolsa!!!!

04 maio 2006

Solteira multimídia: ser o "homem" da casa, sem deixar de ser "a mulherzinha"

Uma das graças e torturas de ser solteira é poder assumir certas responsabilidades que certamente delegaríamos aos nossos namorados/maridos.
É morrer de rir quando vai à oficina levar o carro e o mecânico vem cheio de conversa tentando orçar mais serviços do que o necessário, te achando uma mulherzinha meio tonta (tadinha), e você, toda segura de si responde, não, querido, a suspensão, os amortecedores as molas e a correia dentada estão ótimos, troquei todos a poucos meses, o que eu quero é que você apenas faça o balanceamento, a regulagem da injeção eletrônica, a verificação das pastilhas de freio, porque quero viajar amanhã. Aí, pra arrematar, faz aquela carinha de tonta, e pergunta "ai, moço, será que tem como fazer tudo pra hoje ainda? É que eu vou viajar cedinho..."

03 maio 2006

Você Decide - use sua liberdade

Hoje o meu post tem um quê de tristeza finalizado com reflexão importante, mas tenho certeza que servirá em muito para vários solteiros e solteiras que venham a lê-lo.

Sexta-feira próxima passada um amigo a quem não pretendo identificar, resolveu acabar com sua própria vida. Choque! Garoto jovem, atleta, solteiro com namorada e com uma carreira que foi no mínimo brilhante, já que apesar da pouca idade já tinha alcançado objetivos de causar inveja. Em um ato de provável desespero, naquela sexta-feira entre seus afazeres administrativos resolveu dar um tiro na própria testa causando espanto em todos nós.

Depressão.

O que leva um garoto de 27 anos com uma carreira em plena ascensão dar um tiro na testa? O máximo que pode haver é muita especulação já que os verdadeiros motivos nunca chegaremos a saber, posto que, a verdade foi-se com ele.

Às vezes me sinto sozinha em meu apartamento e começo a divagar por várias áreas de conhecimento que realmente não domino, mas sou curiosa e intrometida e por isso mesmo vou me atrever a fazer uma de minhas metáforas que são tão odiosas quanto às do Lula, mas como alguns gostam vou fazê-la mesmo assim.

Umas duas semanas antes da morte de meu amigo foi quando eu e meu namorado resolvemos terminar, foi a partir daí que comecei a pensar nesta metáfora e que confirmou-se com o suicídio que narrei acima, se você está preparado(a) lá vai, eu a chamo de “Você Decide”:

Quando a gente nasce a nossa vida está toda escrita como um programa da Rede Globo que se chamava “Você Decide” – é contada uma estória e no final você tinha duas ou três opções de telefones gratuitos para escolher o desfecho que achava que àquela narrativa deveria ter... A vida é assim! Ela está escrita, mas quem opta pelo final somos nós e é exatamente aí que entra o que chamamos de livre arbítrio. É a sua escolha que vai determinar o seu final e, acredite, a vida tem tantas opções, tantas possibilidades, tantos caminhos e tantas pessoas que podem lhe ajudar nesta jornada que, para escolher o seu fim você deve fazer o que, pelo menos para mim, é o que existe de mais difícil: unir o racional e o emocional num mesmo objetivo de maneira ponderada (afinal, quem conseguir unir racional e emocional com firmeza deve escrever um livro e ganhará muito dinheiro).

Temos liberdade para isso, temos opções inúmeras. Temos liberdade, oras.

Pare para pensar um pouco na China, na Coréia do Norte, em Gana, em Martin Luther King, em Gandhi, Mandela e em tantos outros - se surpreenda em saber o quanto somos livres.

Nós, especialmente jovens e solteiros, somos agraciados com uma liberdade tão grande que, às vezes, pela própria trivialidade do tema não nos damos conta dela. Tentarei chamar a atenção de você que resolveu ler estas palavras de desabafo com uma passagem shakespeariana de Otelo que diz o seguinte:

”...quem me rouba a bolsa rouba lixo; isso nada representa; era meu, é dele, serviu a milhares; mas quem de mim leva a liberdade rouba-me algo que não o enriquece, mas que definitivamente me empobrece.”

Vamos refletir?