O Asa arreia

Fiz a previa na casa de um médico, amigo de uma enfermeira que trabalha comigo. Ele foi meu veterano na faculdade, mas obviamente não lembrava disso.
Ficamos la bebendo e eu fiquei ouvindo as amigas dela falando de lipos, peitos, botox, e afins. Ok abstraí e continuei na minha cervejinha.
Depois de esperar mais de 1 hora pelo taxi, chegamos ao show e o Durval já tinha começado a cantar. Ok, sem me estressar, fui comprar fichas de cerveja.
Daí que vem a parte legal, lá pelas tantas encontrei o amigo de um amigo, totalmente rock n’roll, no show do Asa. Pirei. Daí ele me diz, que o amigo também estava La, piração total.
Porque eu estou contando esse episódio? Porque, além desse amigo ser rock n’roll e eu ter descoberto que ele gosta de Asa (o que foi um tapa total), a cerveja ingerida me fez perceber uma coisa.
Eu e esse amigo crescemos juntos. Quando eu tinha uns 13 anos, ele foi minha primeira paixonite, aquela que você passa horas escrevendo no diário/agenda falando como ele é tudo de bom e não olha pra você. Os anos passaram, nós nos afastamos, e há uns 2 anos, por conta do Orkut, nos reencontramos. Daí eu pensei, ok, acho que hoje eu posso tentar fazer o que não fiz há 15 anos. E quando eu fiz, ele disse: “mas, Lê, nós somos amigos e só”.
Gente, eu nunca imaginei que homens e mulheres pudessem ser amigos sem a presença de interesse de alguma parte, mas, sabe, nós somos amigos sem interesse (pelo menos agora). Todo mundo me pergunta se eu já me peguei ou vou me pegar com ele. A resposta é não, não vou e me sinto super bem com isso.
No fim, eu me divertir horrores no Asa, tive papos super interessantes com o amigo desse amigo (porem eu não lembro o conteúdo, só sei que era legal), fui embora 1:30 da manhã com os seguranças nos expulsando, mas super feliz, porque o Asa arreia.
Boa semana.